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sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Beija-Flor define samba-enredo para o Carnaval 2024


A Beija-Flor de Nilópolis definiu na madrugada desta sexta-feira, 6, o samba-enredo que cantará na Marquês de Sapucaí em 2024.

Em final realizada com grande festa na quadra da escola, foi consagrada como vencedora a parceria 23, dos compositores Kirazinho, Lucas Gringo, Wilsinho Paz, Venir Vieira, Marquinhos Beija-Flor e Dr. Rogério.

O hino oficial, anunciado pelo intérprete Neguinho da Beija-Flor, foi escolhido em votação que contou com os líderes de diferentes segmentos, que apresentaram as preferências em uma reunião fechada.


Também estiveram presentes na festa representantes de Maceió, como o presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), Miriel Neto, e o diretor-executivo Fábio Cabral.


A Beija-Flor será a segunda escola a desfilar no domingo de Carnaval, dia 11 de fevereiro, com o enredo "Um Delírio de Carnaval na Maceió de Ras Gonguila", assinado pelo carnavalesco João Vitor Araújo.

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Disputa de sambas enredo nesta quinta na Beija-Flor


Olha a Beija-Flor aí, gente! A azul e branco de Nilópolis abre sua quadra na noite desta quinta-feira para mais uma etapa das disputas de samba-enredo para o carnaval 2024. Por lá, as 10 canções classificadas concorrem entre si para ser o hino da agremiação na Avenida, em 2024. A final está marcada para 12 de outubro.

O público já pode ouvir as músicas concorrentes na voz de ninguém mais ninguém menos que o intérprete Neguinho da Beija-Flor, de 74 anos, que completará 48 anos no comando do microfone da escola no próximo carnaval. Em sua estreia, em 1976, não só cantou, como compôs “Sonhar com rei dá leão”, primeiro título da agremiação, que hoje detém 14 troféus do carnaval, todos puxados por Neguinho.

— A safra é excelente e expectativa fica ainda maior, porque, quando você ouve o Neguinho cantar, ouve a Beija-Flor cantar, o que torna a escolha mais difícil — observa o carnavalesco João Vitor Araújo, sucessor da dupla Alexandre Louzada e André Rodrigues, agora na Unidos da Tijuca e na Portela, respectivamente. — Preciso sentir o que a comunidade quer. A partir do momento que a comunidade cantar e se emocionar com determinado samba, começo a apontar minhas preferências.

Os clipes dos 10 sambas concorrentes — de números 1, 2, 5, 20, 23, 25, 39, 51, 54 e 300 — estão disponíveis no canal “Beija-Flor TV”, no YouTube. Na legenda dos vídeos, é possível conferir também a ficha técnica, que traz o nome dos compositores, e a letra do samba, por exemplo.


Para 2024, a Beija-Flor — segunda escola a desfilar no domingo de carnaval — leva para a Sapucaí o enredo "Um delírio de Carnaval na Maceió de Rás Gonguila", sob a do carnavalesco João Vitor Araújo, que no último carnaval formava dupla com a multicampeã Rosa Magalhães na Paraíso do Tuiuti.

O engraxate Benedito dos Santos, o Rás Gonguila, foi um importante folião e carnavalesco de Alagoas, com contribuições para inovação da festa na região. O “rás” seria uma inspiração a uma origem nobre etíope.

"Um dia, faltava pouco para o Carnaval, Gonguila ouviu a notícia: bem longe dali, Rás Tafari – ‘príncipe respeitado’ – era coroado imperador da Etiópia. Fechou os olhos e puxou na gaveta da memória as histórias dos nobres etíopes de Palmares. Entre o real e a fantasia, assumiu o parentesco com o monarca, botou um Rás na frente do apelido de infância e transformou-se em Rás Gonguila”, explica a sinopse do enredo, que completa com uma projeção para o carnaval. “Testemunhou a coroação do imperador e profetizou: um dia, ainda haveria de ver o encontro encantado das realezas de Maceió, da Etiópia e de uma corte azul e branca, maravilhosa e soberana.”

A disputa de samba enredo está marcada para as 20h desta quinta-feira, com ingressos a partir de R$ 10 (entrada), mas também a R$ 20 (bistrô) e R$ 80 (mesa). O endereço é a quadra, localizada na Rua Pracinha Wallace Paes Leme, 1025 - Nilópolis.

Por João Vitor Costa
Via Extra

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Beija-Flor recebe jovens moradores de favelas para encontro cultural na Cidade do Samba

Agremiação mostrou aos participantes dos projetos Pacto pela Juventude e Espaço da Juventude como funciona a produção do Carnaval

A manhã desta quinta-feira (6) foi de muito aprendizado e emoção para jovens moradores de comunidades do Rio de Janeiro. A Beija-Flor de Nilópolis abriu as portas do barracão, na Cidade do Samba, para receber 15 participantes dos projetos Pacto Pela Juventude e Espaço da Juventude, idealizados pela Secretaria Especial da Juventude (JUVRio).

Durante o encontro, o diretor de Carnaval da nilopolitana, Dudu Azevedo, e o carnavalesco João Vitor Araújo apresentaram um pouco da rotina de uma produção carnavalesca, mostrando os bastidores da folia, como são reaproveitados materiais e a tecnologia empregada nas alegorias, fantasias e adereços.


"O Carnaval tem um papel social muito importante e a Beija-Flor entende a responsabilidade de inspirar os jovens a fazer a diferença nas comunidades. Foi um dia de enorme alegria para todos nós, onde pudemos ver o brilho no olhar de cada participante ao conhecer um pouco do nosso trabalho", ressaltou o diretor de Carnaval, Dudu Azevedo.


Para Lucca Benazzi, coordenador do Pacto pela Juventude, uma iniciativa em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a visita ajudou a tirar dúvidas dos jovens como, por exemplo, o destino do lixo gerado na produção: "Os jovens puderam entender o que é o Carnaval, desde o que é o enredo até o modo como o artista pensa o tema para virar realidade, além da questão da sustentabilidade, vendo o que é feito com o lixo gerado. Eles agora entenderam que grande parte é reciclado, sendo reaproveitado ou doado para outras escolas".


No próximo ano, a Beija-Flor será a segunda escola a desfilar no domingo de Carnaval com o enredo "Um delírio de Carnaval na Maceió de Rás Gonguila", que contará a história de Benedito dos Santos, fundador do bloco Cavaleiro dos Montes, fundamental para o carnaval de rua da capital alagoana.

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Sesc RJ na Estrada samba com a Beija-Flor, em Nilópolis


Com roteiro da Avenida Comunicação/DIÁRIO DO PORTO, Sesc RJ na Estrada visita o Instituto Beija-Flor e o Parque Municipal Natural do Gericinó

NILÓPOLIS - Em mais um episódio da segunda temporada, o Sesc RJ na Estrada vai à Nilópolis, na Baixada Fluminense, conhecer a quadra da escola de samba Beija-Flor. A escola, que começou como um bloco no final da década de 40, é patrimônio do município. Hoje, a Beija-Flor de Nilópolis é uma das maiores vencedoras do Carnaval no Rio de Janeiro.

A série, com roteiro da Avenida Comunicação/Diário do Porto, é exibida todo sábado na Band Rio, às 18h50, com o patrocínio da Fecomércio RJ. Os programas são feitos em linguagem dinâmica, com cerca de 5 minutos. Para ver como foi o último episódio, basta clicar aqui!

Além do samba e das conquistas no Carnaval, a Beija-Flor tem como maior orgulho o Instituto Beija-Flor, que busca dar oportunidade às pessoas da comunidade. O local atende mais de 2 mil pessoas nos segmentos acadêmicos, cultural, esportivo e gastronômico. O público que faz parte do projeto vai do infantil ao idoso. Outro destaque da cidade é o Parque Municipal Natural de Gericinó, uma ótima opção para se divertir e curtir a natureza.

Sesc RJ na Estrada revela joias do Rio

O Sesc RJ na Estrada mostra atrações pouco conhecidas em cidades do interior do Estado. O objetivo é incentivar o turismo de proximidade, no qual as pessoas viajam para conhecer locais vizinhos de suas próprias casas. A série destaca belezas paisagísticas, culturais, arquitetônicas ou históricas em municípios das diferentes regiões do Rio.

A série já está na segunda temporada e continua sua jornada visitando sempre um município diferente. Os episódios da primeira temporada estão disponíveis no canal do Youtube do Diário do Porto. Fique ligado para os próximos episódios!

Via: Diário do Porto

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Ludmilla posa com Neguinho da Beija-Flor em visita à agremiação de Nilópolis


Brunna Gonçalves, mulher da cantora, é torcedora da escola de samba

NILÓPOLIS - A cantora Ludmilla prestigiou o ensaio da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, na quadra da agremiação, na Baixada Fluminense, na noite desta quinta-feira. Para a ocasião, Ludmilla escolheu um modelito azul e botas brancas, representando as cores da escola. A cantora também estava usando um colar em que se lia a palavra "Barbie", uma homenagem a sua mulher, Brunna Gonçalves, que está confinada no "BBB 22" e é torcedora da Beija-Flor. 


Desde maio de 2021, Brunna foi escolhida para ser destaque no próximo Carnaval, cujo enredo a ser contado é "Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor". O anúncio de que ela conquistou o posto foi feito de surpresa por Ludmilla, na ocasião. Mesmo confinada há um mês na casa mais vigiada do Brasil, a dançarina ainda pode vir a participar do desfile, adiado para abril por causa da pandemia.


Ludmilla foi recepcionada por Almir Reis, presidente da Beija-Flor, e por Biel Maciel, vice-presidente da escola. Ela posou para fotos e curtiu o samba-enredo entoado por Neguinho da Beija-Flor — ela fez questão de fotografar ao lado do intérprete. Este ano, a Beija-Flor é a última a desfilar na Sexta-feira de Carnaval.


Via: O Dia

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Menino, autodidata aos 5 anos de idade, sonha em ser ritmista da Beija-Flor


Miguel é fascinado por samba e aprendeu a tocar sozinho, em vídeos na internet. Mãe diz que ele usa baldes e as como repique e caixa. 'Queria desfilar na Beija-Flor', diz o pequeno ritmista.

NILÓPOLIS - Dinastia Beija-Flor. Nada define melhor o destino de Jorge Miguel Santos de Oliveira, de 5 anos, do que a frase do refrão do samba-enredo da escola para o carnaval de 2022.

Desde que o vídeo do menino batucando no seu notebook de brinquedo chegou às redes sociais (assista acima), ficou claro que o futuro de Miguel – da mais nova geração de uma família de sambistas – é a bateria de uma escola.

No vídeo, Miguel faz do brinquedo uma caixa de guerra. Com ritmo impressionante – para alguém tão jovem e que nunca aprendeu formalmente um instrumento – batuca o refrão do samba: "Mocambo de crioulo: sou eu! sou eu!/ Tenho a raça que a mordaça não calou/ Ergui o meu castelo dos pilares de cabana/ Dinastia Beija-Flor!".

O vídeo postado pela mãe no grupo da família caiu na rede social e, no primeiro dia, o posts já somava mais de 30 mil visualizações.

A família de sambistas, segundo a mãe Larissa Santos da Silva, não tem sequer um ritmista. O talento é de Miguel e as "aulas" ele teve vendo vídeos na internet.
"Isso é um dom dele mesmo. Na família não tem nenhum ritmista. É verdade que ele frequenta escola de samba desde que estava na minha. Mas o talento para tocar um instrumento, é dele, ninguém ensinou. Ele mesmo procura no Youtube vídeos para aprender a tocar. Quando levo ele para os ensaios na Beija-Flor, ele corre para a frente da bateria e fica lá de olho em tudo, quer entrar no meio dos ritmistas, fascinado", contou Larissa.
 O batuque de Miguel, de 5 anos, num brinquedo: habilidade natural aprendida com vídeos que
ele mesmo buscou na internet / Foto: Arquivo Pessoal

Como ainda não tem idade, só em 2023 Miguel vai ingressar na oficina de percussão da Beija-Flor e realizar seu sonho: desfilar. De preferência, numa bateria.
"Eu queria desfilar na Beija-Flor. Tocando repique, caixa e tamborim, tudo", disse talentoso Miguel, que até lá já poderá treinar em instrumentos de verdade.
Instrumento doado

Miguel encantou gente bamba, de várias escolas de samba, como o intérprete Zé Paulo Sierra (Viradouro), mestre Dudu (Mocidade), a porta-bandeira Selminha Sorriso (Beija-Flor) e até um site de humor carnavalesco.

Juntos, criaram uma vaquinha e arrecadaram doações para presentear o menino com instrumentos de verdade: repique, caixa de guerra e tamborim.

"Fiquei impressionado, quando vi o vídeo, com aquela crianças batucando num brinquedo, me emocionou. Hoje, vivemos onde a desgraça é o que vende. Apesar de ser uma criança de origem humilde, o que está sendo entregue é amor, alegria, samba e pureza. Isso mexe com o coração de um ser humano, em especial de um sambista", disse Zé Paulo Sierra.

Samba na família

Apesar de não ter ritmistas na família, a paixão pelo samba atravessa gerações. O bisavô, Lourival dos Santos, é integrante da Velha Guarda da Portela.

A bisavó desfilou por mais de 20 anos na Beija-Flor. os que foram seguidos por sua avó – já falecida – e pela mãe, que há dez anos se apresenta em ala coreografada da escola de Nilópolis.

O pai, Wallace Oliveira, desfilou por anos na Mocidade Independente e este ano assumiu a direção de carnaval da Unidos da Ponte.

E a dinastia segue com a irmã mais velha de Miguel, Manuella Vitória, de 8 anos, que reina como porta-bandeira mirim da Colibri de Mesquita, desfila na ala das crianças da Beija-Flor e é ista mirim da Leão de Nova Iguaçu.

Miguel, no meio da bateria de um bloco, em Ricardo de Albuquerque, 
em 2020, com um repique  — Foto: Arquivo Pessoal

A mãe, que não cansa de fazer vídeos dos filhos, em 2020 gravou o menino durante um ensaio de um bloco em Ricardo de Albuquerque. E lá está Miguel, no meio dos adultos, tocando um repique quase do tamanho dele. Concentrado, sem perder a cadência.

Levado e esperto, tudo o que vê pela frente, Miguel transforma em instrumento. Em casa, além do brinquedo que usa como caixa de guerra, ele toca baldes como repique e uma frigideira velha como tamborim ou caixa de guerra.

Recentemente, pediu para a mãe encher uma garrafa plástica com pedrinhas para fazer um chocalho. Mas, segundo Larissa, esse "instrumento" ele ainda não domina.

Desde o ano ado, Miguel participa do projeto social da porta-bandeira Selminha Sorriso, onde tem aulas de dança como mestre-sala.
"Ele também gosta de sambar e dançar funk. Mas se tiver um samba, um pagode, ele prefere. O que ele gosta mesmo é de tocar. E aí, só batuca e canta samba o dia inteiro. Ele gosta de tocar, de fazer barulho", diverte-se Larissa.
Miguel, concentrado, com um repique, acompanha o ensaio de 
canto da ala da mãe Larissa — Foto: Arquivo Pessoal

Via: G1

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Unidos pela política e pelo samba, herdeiros do ‘clã’ buscam saída para manter poder em Nilópolis


Legado político de mais de 40 anos deixado por Simão Sessim e Farid Abrão David, que morreram de Covid, já tem nomes para 2022; mas acordo das famílias é frágil

NILÓPOLIS - Unidos pela política e pelo samba, os herdeiros das famílias Sessim e Abrão David, que desde os anos 1970 comandam a política em Nilópolis, cidade da Baixada Fluminense, pacificaram a relação e definiram os candidatos do clã a deputado federal e estadual nas eleições do ano que vem. Depois de imes, foram escolhidos Ricardo Abrão e Marcelo Sessim, respectivamente. Mas a paz aparente pode estar com os dias contados, colocando sob risco o poder do grupo.

Um acordo entre membros dos Abrão e o presidente da Câmara Municipal, Rafael Nobre (PTB), ameaça a dobradinha familiar. Nobre teria o apoio para sua candidatura a deputado estadual, dividindo votos com Marcelo. Neste cenário, que resultaria em novo ime entre as famílias, os Sessim teriam como carta na manga o ex-prefeito Sérgio Sessim para uma disputa ao Congresso, brigando pelo eleitorado de Ricardo.

Segundo articuladores da família, a campanha a deputado seria um plano “B” para Sérgio, que tem o retorno à prefeitura de Nilópolis em 2024 como prioridade, causando um novo problema ao clã. O ex-prefeito atrapalharia a reeleição do atual, Abraão David Neto (PL), o Abraãozinho, primo de Ricardo.

Influência de Anízio

Enquanto isso, na escola de samba da Beija-Flor de Nillópolis, território também dominado pelo clã, o patrono Aniz Abraão Davi, o Anízio, tem no amigo e ex-prefeito de Teresópolis, na Região Serrana, Mário Tricano um nome para as eleições ao Congresso ou à Assembleia Legislativa. O apoio também colocaria em xeque a pacificação entre os Sessim e os Abrão.

Anízio tem se mantido, por enquanto, afastado das indicações para 2022 e ainda não se mostrou favorável a nenhuma pré-candidatura. Interlocutores apostam numa aproximação com Rafael Nobre. Nas eleições municipais do ano ado, Anízio foi determinante na escolha de Abraãozinho para a disputa da prefeitura de Nilópolis.

A eleição de representantes dos Sessim e Abrão é importante para as famílias manterem o poder em Nilópolis e o legado deixado pelo ex-deputado federal por dez mandatos consecutivos Simão Sessim e pelo ex-prefeito Farid Abrão David. Ambos morreram de Covid. Marcelo e Sérgio são filhos de Simão Sessim e primos de Ricardo Abrão, que é filho de Farid e sobrinho de Anízio, além de primo do prefeito Abraãozinho.

Marcelo, que é médico e tentará pela primeira vez um cargo político, diz que mantém bom relacionamento com Ricardo. Ele descarta um acordo para abrir mão da candidatura em favor de Nobre. Marcelo aposta na pacificação e, mesmo que haja algum rompimento, diz que a relação construída por Simão e Farid está na mente do eleitor, que não separa as famílias.

— Existe a associação natural em Nilópolis. O eleitor vota nessa dobradinha. Vou manter a trajetória do meu pai de dez mandatos e concorrer pelo mesmo partido dele, o PP — afirma Marcelo, que questiona o motivo pelo qual levaria Ricardo a apoiar Nobre: — Poderiam até dizer que seria para garantir a governabilidade do Abraãozinho. Mas na Câmara o prefeito nem maioria tem.

Procurado, Ricardo não comentou as candidaturas.

Via: O Globo

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Em live, intérpretes de escolas de samba do Rio relembram grandes clássicos do carnaval


Neguinho foi o último a se apresentar na live que relembrou sambas-enredo

RIO / NILÓPOLIS - Sambas-enredo inesquecíveis deram o tom do show on-line promovido pelo EXTRA, nesta quinta-feira, em suas redes sociais. A live musical durou quase três horas e teve a participação de Neguinho da Beija-Flor (Beija-Flor de Nilópolis), Zé Paulo Sierra (Viradouro), Emerson Dias e Quinho (Salgueiro), Ito Melodia (União da Ilha) e Gilsinho (Portela), que lembraram hinos que marcaram a Marquês de Sapucaí e emocionam, até hoje, apaixonados pelo carnaval. Filho do compositor e também intérprete Aroldo Melodia, Ito abriu as apresentações lembrando que, apesar das dificuldades enfrentadas com a pandemia de Covid-19, o carnaval precisa ser lembrado.

— Essa chama não pode se apagar jamais, o nosso maior patrimônio não pode morrer. Estamos nos reinventando para poder sobreviver e seguir em frente. Ano que vem teremos o maior carnaval do mundo, tenho certeza disso. As coisas vão melhorar. E como dizia meu pai, segura a marimba! Vamos viajar na história — disse ele, antes de cantar os sambas de 1978 ("O Amanhã"), 1982 (É Hoje") e 2014 ("É brinquedo, É brincadeira, a Ilha vai levantar poeira"), entre outros.

Na sequência, Emerson Dias e Quinho, do Salgueiro, abriram a apresentação voltando até 1972 com a homenagem à Mangueira. A dupla cantou os dez sambas escolhidos pela torcida nas redes sociais da escola, como o de 1971 ("Festa para um rei negro"), 1993 ("Peguei um Ita no Norte") e 2007 ("Candaces"), considerado por eles como o "desfile mais injustiçado de todos os tempos", quando o Salgueiro ficou em 7º homenageando as rainhas guerreiras da África Oriental.

— Outros carnavais estão por vir, e o importante é estarmos vivos. Fiquem em casa — pediu Quinho, ao lado de Emerson Dias, antes de encerrar a participação com o samba-enredo de 2019 ("Xangô").

Ito Melodia destacou a necessidade de manter viva a chama do carnavalIto Melodia destacou a necessidade de manter viva a chama do carnaval / Foto: Reprodução

Gilsinho, da Portela, começou cantando o hino da escola e "Portela na Avenida", que ficou consagrado como samba-exaltação da Águia de Madureira e Oswaldo Cruz. O intérprete seguiu com os sambas de 1984 ("Contos de Areia"), 2012 ("E o povo na rua cantando... É feito uma reza, um ritual...") — que cita "Madureira sobe o Pelô" e foi escolhido como samba da década em enquete promovida pelos jornais Extra e O GLOBO, no ano ado —, e de 2019 ("Na Madureira moderníssima, hei sempre de ouvir cantar uma sabiá"), uma homenagem à Clara Nunes. O cantor citou os cuidados necessários que a população deve ter contra o contágio da Covid-19.

— Que saudade das festas, da nossa quadra, dos abraços. Mas vamos ter calma, a vacina está aí. Vamos continuar respeitando os padrões de segurança, como o uso das máscaras e do álcool em gel. Tudo isso é por uma boa causa. A pandemia não acabou. A live é importante para o carnaval não ar em branco.

Atual campeão do carnaval, Zé Paulo trouxe o samba da Viradouro de 2014 ("Sou a Terra de Ismael, 'Guanabaran' eu vou cruzar... Pra você tiro o chapéu, Rio, eu vim te abraçar") que destaca o "orgulho de ser Niterói" e conta a relação das duas cidades fluminenses. A apresentação teve ainda os sambas de 1997 ("Trevas! Luz! A explosão do universo") e de 2004 ("Pediu pra Pará, parou! Com a Viradouro, eu vou pro Círio de Nazaré"), entre outros da agremiação.

— Vamos fazer um carnaval da nossa maneira. Coloca para ouvir os sambas-enredo, mesmo de casa, com a sua cervejinha e o churrasco.

Neguinho da Beija-flor encerrou cantando os clássicos de 1989 (“Ratos e urubus, larguem minha fantasia”), 2004 (“Manôa-Manaus-Amazônia Terra Santa... que alimenta o corpo, equilibra a alma e transmite a paz”) e de 2011 (“A simplicidade de um rei”), entre outros eternizados na voz do cantor, que apresentou "Domingo" e "Ângela"

— Bom carnaval a todos, pela televisão. Fiquem em casa — disse Neguinho, que mostrou a roupa branca que seria usada por ele no carnaval deste ano, caso o desfile na Sapucaí fosse realizado.

Via: Jornal Extra

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Beija-Flor marca retomada da disputa de samba nesta quinta-feira (07)


NILÓPOLIS - A Beija-Flor anunciou que permanecerá com sua disputa de samba interrompida na quinta-feira, (07 de Janeiro). Na ocasião, serão retomadas as apresentações e eliminações das obras que concorrem para representar o enredo escolhido pela escola para o Carnaval de 2021: “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”.

Iniciado no fim de novembro, o concurso de sambas-enredo teve 30 canções inscritas e, após três eliminatórias, 13 delas seguem na disputa. As composições são de poetas que integram a comunidade da azul e branco. Eles são os únicos autorizados, além da diretoria da instituição, a acompanhar os eventos da disputa de samba na quadra em Nilópolis.

Devido à pandemia da Covid-19, a presença do público não é permitida e os compositores só podem assistir, isolados em camarotes, às apresentações das obras que criaram.

Via: Carnavalesco

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Disputa de samba-enredo da Beija-Flor de Nilópolis começa nesta quinta-feira (26)


Trinta parcerias se inscreverem para o concurso que vai escolher o samba do próximo carnaval. Apresentação dos concorrentes vai ser ao vivo, na quadra, somente para o jurados.

NILÓPOLIS - A Beija-Flor de Nilópolis, do Grupo Especial, dá início nesta quinta-feira (26) ao concurso para a escolha do samba-enredo para o desfile do carnaval de 2021. Embora ainda não tenha uma data definida o desfile - que está condicionado à vacinação da população contra a Covid-19 - a escola segue preparando o seu carnaval.

Por causa da pandemia, a apresentação dos sambas concorrentes vai acontecer ao vivo, na quadra fechada ao público. Somente compositores e os jurados vão participar do evento. As apresentações serão gravadas e exibidas posteriormente nas redes sociais da Beija-Flor.
Para o próximo carnaval, a escola nilopolitana vai apresentar o enredo "Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor", que vai ser desenvolvido pelo carnavalesco Alexandre Louzada.

Este ano, o processo de inscrição foi diferente dos anos anteriores. As composições não foram gravadas em estúdio e vão ser apresentadas pela primeira vez na disputa. A escola promete seguir os protocolos de segurança de distanciamento social no evento.

Segundo o diretor de carnaval Dudu Azevedo, mesmo diante de um cenário tão adverso por causa da pandemia, a ala dos compositores inscreveu muito mais sambas que em no ano ado.

Já estão previstos cortes neste primeira fase de apresentação dos sambas. Mas todos serão gravados e exibidos nas redes sociais. Quando restarem dez sambas na competição, o intérprete Neguinho da Beija-Flor fará a gravação desses finalistas.

Abaixo a lista de parcerias, na ordem de apresentação, nesta quinta-feira.
  1. Jurandir Terra e cia.
  2. Luciano Tavares e cia.
  3. Sam e cia.
  4. Jorge Aila
  5. Pedro França.
  6. André do Cavaco e cia.
  7. J.Velloso e cia.
  8. Janjão e cia.
  9. Almir Sereno e cia.
  10. Sidney de Pilares e cia.
  11. Kiraizinho e cia.
  12. Arnaldo Beija-Flor e cia.
  13. Picolé da Beija-Flor e cia.
  14. Rafael Lima e cia.
  15. Pedro Fragoso e cia.
  16. Wander Timbalada e cia.
  17. Márcio André e cia.
  18. Dener do Reco e cia.
  19. Charles das Neves.
  20. Ailson Picanço e cia.
  21. Marcelo Guimarães e cia.
  22. João do Casulo e cia.
  23. Rodrigo Cavanha e cia.
  24. Caim da Praça e cia.
  25. Lia de Itamaracá e cia.
  26. Lucas Gringo e cia.
  27. Gilmar Ferro e cia.
  28. Robison Batalha e cia.
  29. Bruno Ribas e cia.
  30. Dr. Rogério e cia.

Via: G1

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Personalidades de escolas de samba de Nilópolis concorrem a vagas nas câmaras municipais


CULTURA - Todos os anos eles participam da disputa mais aguardada pelos apaixonados por carnaval: os desfiles das escolas de samba. Este ano, a competição será nas urnas. Estreantes ou em busca da reeleição, candidatos que fazem parte de agremiações da Baixada Fluminense querem trocar a arela do samba pelas câmaras municipais.

Intérprete e compositor da Império da Uva, escola de samba de Nova Iguaçu que desfila no Grupo Especial da Intendente Magalhães, Nurynho (PV) concorre ao primeiro mandato. O candidato de 25 anos é filho da vice-presidente, Cátia Rodrigues, sobrinho do presidente, Hernalton Portuga, e neto do fundador, Natinho, que morreu no ano ado.

— Hoje não temos ninguém que defenda a cultura dentro da câmara, e nosso mandato será uma voz da cultura para defender não só as escolas de samba, que é o movimento em que estou inserido, mas todas as formas de cultura, todos os artistas da cidade — afirmou Nurynho, que defende o retorno dos desfiles das escolas de samba de Nova Iguaçu.

Em Nilópolis, a rainha de bateria da Beija-Flor, Raíssa de Oliveira (Avante), quer conquistar o primeiro mandato. Para dar conta de campanha, família e negócios, abriu mão até da malhação.

— Precisei priorizar minhas atividades. A rotina está muito puxada. Acordo às 5h todos os dias e não tenho hora para dormir. Se Deus permitir que eu seja vereadora, tudo será conciliado. Não deixarei meu posto de rainha de bateria, tampouco deixarei de cumprir com todos os meus deveres como vereadora — garante a candidata, que propõe a criação de um hospital maternidade municipal.

O candidato Nurynho é intérprete e compositor da Império da Uva e concorre ao primeiro mandato 
Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo

Em Belford Roxo, o vereador Rodrigo Gomes (MDB), presidente de honra e filho do presidente da Inocentes de Belford Roxo, escola da Série A, tenta o terceiro mandato. Rodrigo, que já foi secretário de Igualdade Racial e subsecretário de cultura no município, propõe, entre outras coisas, a criação de uma Escola municipal de Música:

— O mundo do samba está se envolvendo mais com política por estar sentindo que o carnaval está cada dia mais sendo deixado de lado. A gente precisa ter mais gente que tenha voz para estar por isso.

Concorrendo em Duque de Caxias, a vereadora Delza de Oliveira (Patriota) é diretora da Acadêmicos do Grande Rio e irmã do presidente de honra da escola, Helinho de Oliveira. Procurada, ela não quis falar com o EXTRA.

Nascidos e criados na folia

Nurynho está prestes a colar grau como bacharel em Direito na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em Nova Iguaçu. Iguaçuano criado no bairro Carmary, ele cresceu dentro da Império da Uva, agremiação que foi fundada em 1980 pelo seu avô materno. Na adolescência, ou a atuar como intérprete e compositor da escola. Nurynho também é compositor e intérprete na Beija-Flor de Nilópolis.

Também foi na Azul e Branca de Nilópolis que tudo começou para Raíssa de Oliveira. Hoje com 30 anos, ela foi a rainha de bateria mais nova do carnaval, pisando pela primeira vez na Marquês de Sapucaí, já assumindo o posto, aos 12 anos. Formada em jornalismo, Raíssa é mãe de Rhayalla e empresária.

Presidente de honra da Inocentes de Belford Roxo, Rodrigo Gomes tem 31 anos. Em 2011, foi vice-presidente da agremiação. Quatro anos depois, em 2015, ou a ser presidente istrativo. Dois anos depois, assumiu o cargo que ocupa até hoje.

Via: Jornal Extra

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Ex-presidente de escola de samba é preso com documento falso


NILÓPOLIS - Nesta quinta-feira, (30 de Julho), policiais civis da 57ª DP, (Nilópolis), prenderam em flagrante o ex-presidente de uma escola samba pelo crime de uso de documento falso. Ele foi preso no bairro da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense

Segundo os agentes, o criminoso tem agens por participação em homicídio, corrupção ativa, formação de quadrilha e tráfico de entorpecentes. Para não ser preso pela polícia, o acusado ou a usar uma identidade falsificada, inclusive a ser presidente de uma escola de samba.

Contra ele foi cumprido mandado de prisão preventiva, expedido pela 23ª Vara Criminal da Capital, pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas.

terça-feira, 30 de junho de 2020

Escolas de samba de Nilópolis e Caxias apostam na luta contra o racismo em seus enredos

Devidamente protegidas, Raíssa e Selminha vibraram com o tema da Azul e Branco de Nilópolis. 
Foto: Brenno Carvalho.

BAIXADA - Ainda não se sabe quando e como será o Carnaval 2021, sobre o qual paira um desfile de incertezas por causa da pandemia do coronavírus. Mas uma coisa é certa: a discussão sobre o racismo vai entrar na Marquês de Sapucaí. As duas maiores escolas de samba da Baixada Fluminense apresentaram enredos que abordam a negritude.

Quarta colocada neste ano, a Beija-Flor de Nilópolis vai falar sobre a contribuição intelectual negra para a sociedade com o enredo ‘‘Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor’’. A Acadêmicos do Grande Rio, de Duque de Caxias, vai homenagear o orixá Exu com ‘‘Fala, Majeté! Sete chaves de Exu’’.

Os enredos foram divulgados no momento em que o racismo está no centro dos debates. Uma série de protestos eclodiu após os assassinatos de George Floyd, asfixiado por um policial branco em Minnesota (EUA), e do estudante João Pedro Mattos, de 14 anos, baleado numa ação policial em São Gonçalo.

Na apresentação da sinopse, a Beija-Flor cita obras de autores negros como a antropóloga Lélia Gonzalez, o ator, escritor e dramaturgo Abdias do Nascimento e o filósofo francês Frantz Fanon. Num vídeo em seu perfil no Instagram, a escola ressalta o seu compromisso com temas como o sistema de cotas, a Lei. 11.645, que torna obrigatório o ensino de cultura afro-brasileira e indígena nas escolas, e seu posicionamento contrário à discriminação.

A porta-bandeira Selminha Sorriso, que participou do vídeo, vibrou com o enredo. No próximo carnaval, ela completa 30 anos de parceria com o mestre-sala Claudinho:

— Esse enredo mostra a valorização do negro, a contribuição que demos à humanidade ao longo de milhares de anos, e sem perder nossa identidade. Estou feliz.

A rainha de bateria Raissa de Oliveira destacou a tradição da escola de abordar a temática racial nos desfiles:

— Falar de negritude em um momento tão delicado como esse que estamos vivendo é um ato de bravura. A Beija-Flor se sente bem falando de temas africanos, de negritude, de raça, porque somos de maioria negra.

Grande Rio vai levar Exu para Avenida

Um dos carnavalescos da Grande Rio, Leonardo Bora contou que o enredo sobre Exu já estava sendo pensado quando ele e Gabriel Haddad finalizavam o tema deste ano, sobre Joãozinho da Gomeia, mas ressalta a importância de participar do debate:

— Não foi um enredo motivado por isso (os protestos contra o racismo), mas isso desencadeou uma série de discussões ligadas às pautas antirracistas, e está no seio da sociedade. Não é enredo panfletário, não toca diretamente nessas questões, mas elas aparecem como apareceram no Joãozinho da Gomeia, que propunha reflexões sobre racismo religioso, intolerância, homofobia. A arte é uma ferramenta poderosa contra todas as formas de racismo: estrutural, epistêmico, religioso.

Leonardo Bora e Gabriel Haddad: os ‘‘magos’’ da Tricolor de Caxias. 
Foto: Marcelo Theobald / 13.02.2020

Divindade do candomblé, Exu é o orixá do movimento, da comunicação, o mensageiro. Mas o racismo religioso faz com que seja associado, por algumas pessoas e religiões, ao diabo. "Fala, Majeté!" é uma referência à saudação que Estamira, personagem-título do documentário de Marcos Prado, faz a Exu, em determinado momento do filme. No próximo carnaval, Leonardo e Gabriel querem apresentar as diferentes interpretações de Exu:

— A ideia é lançar um enredo que evoque celebrar as múltiplas potências de Exu. O título fala em sete chaves porque são sete interpretações que a gente pretende apresentar, sete formas de se vivenciar e compreender essa energia. É uma leitura poética sobre essa energia múltipla de Exu, para que a gente reflita e se emocione com essa energia tão poderosa que instaura a alegria, a troca, a comunicação e se faz presente de tantas formas na nossa vida cotidiana.

Via: Jornal Extra

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Artistas ajuda escolas de samba de Nilópolis em arrecadar doações durante a pandemia


NILÓPOLIS - As escolas de samba exercem forte papel social nas localidades onde estão situadas. Neste período de isolamento social causado pela pandemia do coronavírus não tem sido diferente. Desde o início, agremiações do carnaval carioca estão mobilizando seus integrantes para ajudar moradores de suas comunidades arrecadando alimentos e produtos de higiene. Grande Rio e Beija-Flor, que ficam na Baixada, tiveram um reforço de peso nestas ações: artistas famosos têm abraçado a causa e ajudado com doações e divulgação das campanhas.

A cantora Luísa Sonza, que estreou este ano no Carnaval do Rio falou da relação com escola caxiense. "Minha relação com a Grande Rio começou este ano após ser convidada pela escola para desfilar. Fiquei muito feliz de ter sido recebida com tanto carinho!". Ela relatou ainda a vontade de ajudar e da importância de participar de campanhas para doação. "É muito importante que em momentos como este a classe artística, que tem grande visibilidade, auxilie doando e divulgando ações que possam contribuir com família afetadas pela atual pandemia".

Julianne Trevisol gravou vídeo pedindo amigos e fãs para doarem alimentos e produtos de higiene. "Muitas famílias estão ando por dificuldade e necessidade e isso não é diferente em Caxias". O mesmo fez a influencer Mileide Mihaile, ex-mulher de Wesley Safadão.

A atual rainha de bateria da Grande Rio também ingressou no time. A atriz Paolla Oliveira disse em seu Instagram que "a união da família Grande Rio mostra que é possível fazer a diferença com um pouquinho de solidariedade".

Adriana Bombom falou em vídeo que "Caxias tem muitas comunidades carentes e que tinha que ajudar".

LIVES DO BEM

Na onda das lives, o cantor e ator Thiago Martins, juntamente a David Brazil, direcionou uma parte das arrecadações para a Grande Rio.

Já Neguinho da Beija-Flor comandou uma live que arrecadou 60 toneladas de alimentos.

Via: O Dia

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Selminha Sorriso convida Milton Cunha para comanda live de 50 anos


RIO / NILÓPOLIS - Um sorriso largo, uma voz doce e uma história viva que rodopia há décadas pela Marquês de Sapucaí. Uma das entidades do carnaval carioca, Selminha Sorriso, a mais famosa e longeva porta-bandeira da folia de Momo, completa, neste sábado, 50 anos de vida. Na metade deles, sustentou o pavilhão da Beija-Flor, ao lado do inseparável Claudinho. Há anos, a data já se tornou um evento fixo na agenda da Azul e Branco de Nilópolis, mas, devido à pandemia do coronavírus, a batucada boa precisou se adaptar, e a festa será online, às 18h, deste sábado, dia 30, diretamente do perfil do Instagram da dona do bolo.

— No começo da pandemia, ainda fiquei na expectativa de que as coisas melhorariam rapidamente. Achei que conseguiria realizar a festa na quadra da Beija-Flor. Queria fazer um combo de comemorações. Meus 50 anos, os 25 dançando com o Claudinho pela escola, os 45 do Neguinho como intérprete da Beija-Flor, os dez do mestre Rodney à frente da bateria e os 50 do Veloso, nosso diretor da ala dos compositores. Seria um festão, e a quadra ficaria pequena. Não vou mentir, chorei igual a criança. Mas o melhor a se fazer foi adiar para o fim do ano. Porque preservar a vida das pessoas é a nossa prioridade agora.


Impossibilitada de organizar a sua farra, Selminha até cogitou fazer apenas a sua peregrinação por alguns templos religiosos, mas pelo mesmo motivo desistiu.

— Todo ano costumo ir à igreja, ao centro kardecista e ao terreiro. Minha origem é na umbanda e no candomblé. Mas me considero ecumênica. Mas nem às igrejas e ao meu centro eu poderia ir. Depois me convenci em fazer apenas um bolo e uma videoconferência com os amigos. Só que todo mundo sabe que nada é simples para quem é do carnaval. A história foi crescendo e logo entrei em contato com Milton Cunha. Aí o convidei para cantar “Parabéns” pra mim e ele falou: “Deusa da arela, é claro que eu canto”. Então, essa minha metade do século será com um bate-papo com o meu amigo e meu primeiro carnavalesco da Beija-Flor.

Para dar ainda mais importância à data, Selminha decidiu transformar os presentes em doações de leite em pó:

— Resolvi comunicar aos amigos que eu não queria receber presentes. Estamos ando por um momento muito difícil, então, pedi para o pessoal transformar esse carinho por mim em latas de leites, que serão doadas para o Hospital Estadual da Criança de Vila Valqueire, onde sou voluntária. Eu tô feliz da vida! Já ganhamos mais de 200 latas. Quem quiser ajudar pode entrar em contato comigo através do meu Instagram (@selminhasorriso).




Uma publicação compartilhada por Selminha Sorriso (@selminhasorriso) em

Depoimentos 

‘Nos hipnotiza ao defender seu pavilhão’

"Até pouco tempo atrás, a arte das porta-bandeiras tinha duas rainhas: Vilma, o Cisne da arela, e Neide da Mangueira. Hoje já podemos dizer que há uma Santíssima Trindade da dança. Selminha Sorriso alcançou o patamar destas divas dos anos 60/70, com uma vantagem para nós: ainda podemos vê-la nos brindando com seu talento na Sapucaí, em altíssimo nível. Ela é hoje, ao lado de Neguinho da Beija-Flor, a maior sambista em atividade no carnaval. Quando gira na Avenida, remexe as estruturas daquele palco sagrado e provoca frisson em quem observa seus movimentos.


Ouço muita gente dizer para Selminha: “Nossa, nem parece que você tem 50 anos”. Pois é hora de revermos nossos conceitos. Essa é a atual mulher de 50 anos: a que está em plena forma física, a que compete de igual para igual com as dançarinas de outras idades, a que trabalha dia após dia com responsabilidade e amor pelo que faz, e aquela que carrega a experiência que só o tempo pode trazer. Selminha é tudo isso e muito mais, porque existe um ingrediente extra chamado “carisma”, que é inexplicável. Quando ele vem junto com um talento arrebatador, o resultado é esse: a dançarina que nos hipnotiza ao defender seu pavilhão. Vida longa para Selminha, a porta-bandeira que faz brotar nossos melhores sorrisos!", comenta o jornalista e jurado do Estandarte de Ouro Leonardo Bruno.


‘Ela está no auge da forma física e da beleza’

“Era preciso, nesta época nossa, que tivéssemos alguém tão importante quanto Neide e Mocinha (ex-porta-bandeiras da Mangueira). A gente precisa de uma grande dama que simboliza a garra das candaces do samba (guerreiras). Selminha carrega toda essa força. O lindo é que ela, aos 50, está no auge da forma física e da beleza. Então, ao lado desta respeitabilidade, ela nos sugere um tom de frescor, sorriso e sedução que é muito bonito.


Nestes anos de Beija-Flor, ela tem se dedicado ao projeto das crianças da agremiação. Isso mostra o seu compromisso e a preocupação em plantar a semente para que a arte do mestre-sala e da porta-bandeira não morra. O que me deixa tranquilo para dizer que ela tem décadas pela frente.”, diz Milton Cunha, carnavalesco e comentarista de carnaval da Rede Globo.

Via: Jornal Extra